Mestre Sabiá, nascido Jair Oliveira de Faria Junior, é uma figura chave no mundo da Capoeira. Começou a sua jornada na arte em 1985 e começou a ensinar em 1989. Mestre Sabiá é reconhecido pelo seu trabalho com crianças e é um pioneiro no ensino da Capoeira na Europa, particularmente em Hamburgo, Alemanha, onde trabalhou com crianças em 1990, tornando-se uma referência para o ensino da Capoeira para as gerações mais jovens.

Em 2004, fundou a Associação Ginga Mundo, dentro da ONG Mandinga, que tem se dedicado a promover a Capoeira e a cultura afro-brasileira através de programas sociais e educacionais. É coordenador da Associação de Capoeira Ginga Mundo, que tem presença global, promovendo direitos humanos, ética e socialização através da capoeira em escolas e programas sociais. O projeto Ginga Mundo também realiza eventos internacionais e tem fomentado o desenvolvimento da capoeira no mundo.

Mestre Sabiá tem sido fundamental na organização de eventos-chave, como o "Ginga Mundo" International Capoeira and Afro-cultural Encounters e o Vadeia Mundo Vadeia World League, reunindo capoeiristas de todo o mundo. O seu compromisso com a Capoeira vai além do ensino; ele tem sido uma figura central na promoção da Capoeira em eventos internacionais, incluindo o festival "Art's Alive" na África do Sul, o "Chungju World Martial Arts Festival" na Coreia do Sul, e muitos outros na Europa, Américas e África.

Para além do seu trabalho global, Mestre Sabiá dedicou grande parte da sua vida à preservação e desenvolvimento da Capoeira no Brasil. Ele ensina em escolas particulares em Salvador, Bahia, e oferece aulas de Capoeira para jovens de baixa renda em comunidades carentes, ensinando a arte de uma forma que enfatiza suas raízes culturais e princípios filosóficos. As suas contribuições para a forma de arte foram reconhecidas globalmente, e ele continua a influenciar o crescimento da Capoeira como uma arte marcial e um movimento cultural.

Em 2001, Mestre Sabiá teve o privilégio de ter o seu trabalho arquivado pelo Museu Guggenheim, um testemunho do seu impacto na paisagem cultural e artística. Seu trabalho não é apenas o de um professor e capoeirista, mas também o de um embaixador cultural, conectando o Brasil com a diáspora africana através de suas viagens e pesquisas sobre artes marciais regionais.