O filme conta a história de como a capoeira se espalhou da Bahia para o resto do mundo. O argumento do diretor é que a Capoeira não teria sobrevivido a uma repressão tão intensa, nem teria florescido em outros países sem nenhum apoio oficial - especialmente em lugares como Manhattan, Nova York, onde uma das mais brasileiras academias de Capoeira funciona há 12 anos. A sobrevivência da capoeira, como o filme sugere, foi profundamente influenciada pela "mandinga" - o ritual do Candomblé feito aos Orixás para proteção e abertura de caminhos.

O documentário foi filmado em diversos locais, como Salvador, Recôncavo Baiano, São Paulo, Rio de Janeiro e Estados Unidos (Chicago, Las Vegas, Los Angeles e universidades como Notre-Dame, Michigan e Nova York). O livro reúne uma meticulosa pesquisa iconográfica e imagens de arquivo para ilustrar as origens históricas da Capoeira e sua evolução até os dias de hoje, mostrando como essa forma única de arte de dança e luta se espalhou até os cantos mais remotos do mundo.

Os relatos pessoais de figuras proeminentes da comunidade da Capoeira guiam a narrativa. Entrevistas com alguns dos mais respeitados mestres de capoeira em atividade hoje - incluindo João Grande (Nova York), João Pequeno, Camisa, Suassuna, Acordeon, Alabama, Cobra Mansa e outros - servem como componentes-chave da narrativa. Além disso, o filme conta com a contribuição de estudiosos, pesquisadores e personalidades como Gilberto Gil, Ubiratan Castro, Dr. Decânio e Carlos Eugênio Líbano Soares, proporcionando uma compreensão abrangente do tema.