About Book:

Livro Mandinga em Manhattan É uma continuação e APROFUNDAMENTO do documentário com o mesmo título, que pesquisou a mundialização da, hoje, mais internacional arte afro brasileira. A Capoeira junto ao Candomblé e o Samba é uma das mais importantes manifestações da cultura brasileira. Hoje em franco processo de expansão, é praticada em todos os Estados do Brasil e em todos os continentes. Esta expansão realizada sem nenhuma ajuda governamental, levou a UNESCO recentemente a tombar a “roda de capoeira” como patrimônio mundial. Trazida pelos escravos africanos, que chegaram à Bahia, para a cultura canavieira, desempenhou um forte papel na resistência cultural dos afro-brasileiros e, seus praticantes exerceram função preeminente em episódios da história do Brasil: na Guerra do Paraguai, nos embates pelo Abolicionismo e pela ocasião da transição do Império para a República. No contexto pós-abolicionista, os capoeiras foram perseguidos e discriminados. Sua arte-luta considerada como crime previsto em Lei. Assim como o Candomblé, a Capoeira sobreviveu e recontextualizou-se. É hoje, um referencial da cultura brasileira. Muitos historiadores colocam diferentes versões sobre a origem da capoeira, porém, todos reconhecem que nos canaviais do Recôncavo baiano, as manifestações das culturas trazidas da África, tiveram as condições necessárias para que surgisse uma arte, uma luta genuinamente brasileira. Criando um estilo de vida, hoje praticado por jovens de todo o mundo, Capoeiras das mais diversas culturas chegam ao Brasil, aonde buscam beber na fonte de sabedoria dos velhos mestres e, conviver diretamente com a origem da arte, buscando preservar sua filosofia original. O livro Mandinga em Manhattan é um aprofundamento do documentário, com o mesmo titulo, um projeto selecionado nacionalmente pelo DOCTV do MinC, que focaliza e se debruça sobre a internacionalização da capoeira. Escrito e criado pela jornalista, fotógrafa e capoeirista Lucia Correia Lima, com vasta experiência da imprensa brasileira, tendo se iniciado na Revista REALIDADE de São Paulo, aonde também teve sua iniciação no hoje giga grupo Cordão de Ouro, com escolas em mais de 60 países. O título do trabalho é uma homenagem ao mais importante mestre da capoeira tradicional, chamada de angola, que vive desde 1990 na ilha de Manhattan, um dos cindo distritos de Nova York, o Mestre baiano João Grande, que já foi recebido na Casa Branca, selecionado pela mais importante e rigorosa homenagem aos produtores de culturas tradicionais em território norte-americano, o National Treasure concebidos pela National Endowment for the Artes. Cubicado por artistas de todo o mundo, que residem em EUA. O longo trabalho da jornalista baiana Contem vinte e uma entrevistas com os pioneiros mestres responsáveis pelo espalhar a capoeira pelo mundo. Além de estudiosos como o Dr. Ubiratan Castro, que dirigiu a Fundação Palmares; do escritor Ildázio Tavares; da etnomusicóloga Emília Biancardi, criadora do histórico grupo Viva Bahia que teve em Ruty Escobar uma madrinha para os caminhos internacionais. Encontramos no trabalho, um prêmio do Edital Capoeira Viva do MinC, a etnolingüista Yeda Pessoa de Castro, pioneira no estudo da cultura bantu, fundamental na formação da sociedade e língua brasileira. Ela viveu dez anos sob o sol da África Negra e a primeira brasileira a fazer doutorado em universidade africana. Temos também os ex-ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira e obviamente e mestres que fizeram da capoeira sua fonte de trabalho, de vida, de prazer, de pesquisa, de arte e de luta pela afirmação e formação de nossa identidade. É a capoeira hoje, importantíssimo instrumento de defesa e afirmação dos afros-descendentes, assim como uma comprovação da importância da cultura vinda do continente Africano, na formação de nossa identidade. Entre os entrevistados nacionais estão também o Mestre e médico Decâneo, Camisa, Suassuna, mestre Amém, que levou a capoeira para a poderosa indústria do cinema de Hollywood; Acordeom que colocou a capoeira nas mais tradicionais universidades da Califórnia, e muitos outros. Entre as falas dos estrangeiros estão o sociólogo e professor Kenned Dossar, o antropólogo Greg Downwy ambos americanos, capoeiras e professores universitários como doutorados estudando a capoeira . O trabalho da baiana foi produzido pela Fundação Gregório de Matos, de Salvador, está sendo distribuído por diversos países via os grupos internacionais.